segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

5 O que diferencia um estágio obrigatório da Residência Pedagógica?

Olá, como vai?

Na postagem do dia 07 de dezembro (de 2020), conversamos sobre o Programa Residência Pedagógica (RP), o que ele era, quais os atores envolvidos e os tipos de bolsa que cada ator recebida de acordo com sua função. Prometi que numa próxima conversa já poderia escrever mais um pouco sobre minha inserção no Projeto, quais as minhas responsabilidades e contar sobre a rede, a escola e a turma na qual eu estou atuando. Mas acredito que tem algumas coisas que ainda precisam ser melhor esclarecidas.

Fiquei me perguntando: Será que só eu não conseguia entender as diferenças entre um estágio curricular supervisionado obrigatório e a residência pedagógica?


Aí pensei que talvez essa dúvida não fosse só minha e resolvi fazer esta postagem discorrendo sobre o tema. Vou começar explicando um pouco sobre o Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório. Ele é aquele estágio que está previsto na nossa matriz curricular, faz parte da carga horária do curso e não prevê nenhuma remuneração e/ou relação trabalhista com a instituição  ou empresa na qual realizamos o estágio. O estágio é obrigatório para todos os cursos de licenciatura e devem ser realizados em escolas públicas ou privadas que precisam estar cadastradas na secretaria de educação do município e ser aprovadas pela coordenação do curso. 

De acordo com o site UCS Carreiras, o Estágio Obrigatório é requisito necessário para aprovação e obtenção do diploma. Vale ficar esperto/a e observar as diretrizes e orientações do seu curso para formalizar ser estágio, cumprir a programação didático-pedagógica especifica e os requisitos técnico-profissionais definidos por cada área.

No Programa Residência Pedagógica da UCS podem se inscrever estudantes de Educação Física e de Pedagogia. A RP UCS tem dois núcleos: Núcleo Educação Física e Núcleo Alfabetização/Pedagogia. Eu faço parte deste segundo núcleo.

Como sou acadêmica de Pedagogia, segunda licenciatura, na UCS, devo observar, em relação ao estágio obrigatório, o que está explicitado no Projeto Político Pedagógico do Curso (PPP). Se quiser saber mais sobre Pedagogia - segunda licenciatura na UCS é só clicar sobre a imagem abaixo.


No meu caso são três estágios obrigatórios: Estágio em Pedagogia Espaços Não Escolares; Estágio em Pedagogia no Ensino Fundamental; e Estágio em Pedagogia na Educação Infantil. Cada um destes estágios tem um Guia de Estágio especifico, no qual são apresentados os referenciais e os objetivos do estágio. Bem como, o detalhamento da proposta de cada estágio e aquilo que precisa constar em cada uma das etapas. Por exemplo: a Análise da Realidade (AR); a Elaboração do projeto Didático Interdisciplinar; o Desenvolvimento das atividades diárias (prática - planos de aula); a escrita de um artigo final; avaliação do estágio; e tudo aquilo que cada um de nós precisa saber para finalizar o estágio.

O Guia de Estágio deve ser nosso livro de referência, nossa leitura obrigatória, uma espécie de bíblia do estagiário que pode (e deve) ser consultada sempre que tivermos alguma dúvida. Se a gente não conhecer o conteúdo do Guia vai acabar fazendo algo errado ou deixando de fazer algo que era necessário. 

Consulte o Guia de Estágio sempre que tiver alguma dúvida!




De forma - beeeeemmmmm - resumida no Guia de Estágio encontramos a carga horária da atuação docente + as horas destinadas a observação que fazem parte da carga horária total do estágio obrigatório. Por exemplo, no Estágio em Pedagogia na Educação Infantil eu tenho que cumprir:  Isso significa que o estágio tem dia e hora para acabar. Diferente da Residência, que prevê uma carga horária bem maior e exige a dedicação de 23 horas mensais para o desenvolvimento das atividades. O discente que atua na Residência pode estar vinculado ao programa por até 18 meses ou até sua diplomação e, como eu já escrevi antes, o residente recebe uma bolsa pelo seu trabalho. Mas tem outras diferenças entre o estágio obrigatório e a residência pedagógica. 

Por exemplo, a Residência Pedagógica perpassa desde a experiência em sala de aula até a aclimatação ao ambiente escolar e as atividades de avaliação. Enriquece o currículo, é uma ótima oportunidade de vivenciar a nossa profissão na prática, antes da conclusão do curso. A RP tem como foco a ampliação da integração entre instituições de ensino superior, secretarias de educação e escolas e ambiciona o desenvolvimento de projetos que aproximem cada vez mais a formação acadêmica das demandas reais da sala de aula. Como não é uma atividade obrigatória do currículo espera-se também que os residentes inscritos possam aproveitar a RP como um aprimoramento do estágio visto que ela oferece ao estudante mais oportunidades de exercer características básicas da docência. Na RP o discente consegue ter uma vivência mais continuada da rotina da escola, podendo acompanhar inicio, meio e final de um semestre ou ano, entre outras atividades da rotina escolar.

Ficou curioso/a pra saber mais? 

Então deixo aqui algumas referências de leitura complementar:

POLADIAN, Marina Lopes Pedrosa. Estudo sobre o Programa Residência Pedagógica da UNIFESP: uma aproximação entre universidade e escola. In: EduECE - Livro 2, p. 03060 - 03071. 

SILVA, Katia Augusta Curado Pinheiro da; CRUZ, Shirleide Pereira. A Residência Pedagógica na Formação de Professores: história, hegemonia e resistências. In: Momentos: Diálogos em educação, E-ISSN 2316-3100, v. 27, n. p. 227-247, mai./ago, 2018. Disponível: https://periodicos.furg.br/momento/article/download/8062/5352 Acesso em: 17 maio 2021.

A gente se encontra por aqui e lembre-se que a pandemia ainda não acabou então fique em casa, se precisar sair use máscara e mantenha distância!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

4 Desvendando o Programa de Residência Pedagógica: O que é? Quem são os atores? As bolsas?

 

Olá, como está?

O Blog está ganhando corpo e meio que estou ficando viciada em aparecer por aqui pra conversar com você. No Post 3 - Eu, Dani (Ela) e a Residência Pedagógica: primeiras aproximações prometi que na próxima vez que a gente se encontrasse eu contaria pra você como uma Instituição de Ensino Superior (IES) se torna parceira da CAPES no Programa Residência Pedagógica (PRP) e que explicaria as modalidades de bolsa oferecidas e o que é preciso necessário para que um discente se candidate a residência. Então bora dar conta do prometido!

Para que uma IES se torne parceira da CAPES no PRP ela precisa concorrer em um edital público nacional no qual apresenta um projeto institucional. O PRP será desenvolvido em regime de colaboração com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação o que significa que as IES que pretendem submeter projetos aos editais precisam estabelecer parcerias com as escolas das redes (estaduais e/ou municipais). Ou seja, o Projeto submetido pela IES deve evidenciar estreita articulação com a proposta pedagógica das redes de ensino que irão receber os discentes (licenciandos).

Essa parceria recebe o nome de Regime de Colaboração que será efetivado por meio de formalização de Acordo de Cooperação Técnica (ACT), firmado entre o Governo Federal (CAPES) e os estados, por intermédio das secretarias de educação estaduais ou órgão equivalente. A participação do governo municipal se dá através do Termo de Adesão ao ACT, firmado pelas secretarias de educação. Está achando difícil de entender (complicado demais)? 

Vou inserir aqui uma imagem que pode ajudar a entender como isso acontece.
Fonte: autora. Figura desenvolvida a partir do site Programa de Residência Pedagógica (CAPES).

O último edital publicado para o PRP (nº 01/2020) foi publicado em março. Mais de 300 instituições de ensino superior enviaram propostas e o PRP + PBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), ofereciam juntos 60.000 vagas para a formação de professores da Educação Básica. A maior diferença entre o PRP e o PBID é que o segundo é direcionado aos discentes de licenciatura que estão no início do Curso e o PRO é para aqueles que estão na fase final. Se você quiser saber quais as outras diferenças entre os dois programas escreve nos comentários deste post que providencio um texto bem explicativo. É que como meu foco no momento é a PRP estou dedicando mais energia para esclarecimentos sobre ela. Cada Programa ofereceu, de acordo com o respectivo edital: 30.096 bolsas para até 250 instituições de ensino superior, com duração de até 18 meses, sendo que 60% delas (no mínimo) seria destinado as áreas consideradas prioritárias: Alfabetização. Biologia, Ciências, Física, Língua Portuguesa, Matemática e Química.

Agora que já sabemos mais sobre o PRP vamos entender um pouquinho sobre as bolsas oferecidas. São 4 tipos de atores no Projeto: residentes, coordenador/a institucional; docente orientador/a; e preceptor/a. Cada ator tem diferentes funções no Projeto e recebe valores diferenciados, como podemos observar na figura abaixo.

Fonte: autora. Figura desenvolvida a partir do site Programa de Residência Pedagógica (CAPES).

Acho que já avançamos bastante sobre o tema: PRP. Agora você já sabe um pouco mais sobre mim, conhece o Programa, entendeu como uma IES se torna parceira da CAPES e sabe que cada ator (sujeito envolvido no Projeto) tem uma função e recebe um valor (bolsa). Acredito que numa próxima conversa já posso escrever mais um pouco sobre minha inserção no Projeto, quais as minhas responsabilidades e contar sobre a rede, a escola e a turma na qual estou atuando.

Até o próximo post!
E, enquanto for possível...